Venâncio Mondlane avança com criação do seu novo partido

Ex-candidato presidencial avançou com a constituição do partido Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autónomo (ANAMALALA), conforme requerimento entregue hoje no Ministério da Justiça, em Maputo.


 "Tem um prazo legal que é o mínimo de 30 dias, máximo de 60, e esperamos que possamos voltar a convidar a imprensa para anunciar que o partido já está autorizado pelas entidades públicas para fazer o seu trabalho", declarou o assessor político de Venâncio Mondlane, Dinis Tivane, à saída do Ministério de Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, onde submeteu o pedido
 

"Anamalala" é uma expressão da língua local macua, da província de Nampula, no norte de Moçambique, com o significado de "vai acabar" ou "acabou", usada pelo antigo candidato presidencial Venâncio Mondlane durante a sua campanha eleitoral e que igualmente se popularizou durante os protestos por si convocados de contestação dos resultados das eleições gerais de 09 de outubro.

O novo partido de Venâncio Mondlane, explicou o seu assessor político, vai ser liberal, guiando-se pelos princípios da democracia, legalidade, patriotismo e paz.

Em declarações aos jornalistas, o assessor político de Mondlane afastou um eventual indeferimento do pedido de registo do novo partido face aos processos abertos pelo Ministério Público contra o ex-candidato presidencial, após liderar protestos pós-eleitorais em Moçambique.

"Venâncio Mondlane não é responsável por nenhuma destruição, porque em nenhum momento saiu da boca dele que amanhã é dia de destruir", disse Tivane, assegurando que foram preenchidos os requisitos legais para formalizar o pedido para a constituição do partido.

"Nós preenchemos esses preceitos e o resultado que tem que acontecer é esse. Agora, se existir uma contaminação em relação à fofoca de que Venâncio Mondlane é responsável, porque há um sítio que ardeu num dia que ele convocou manifestações, aí estaria a cometer erro tremendo", acrescentou.    

Moçambique vive desde outubro um clima de forte agitação social, com manifestações e paralisações convocadas por Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais de 09 de outubro, que deram vitória a Daniel Chapo.


Fonte: DW Portugues



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